15 mitos e verdades sobre a Bariátrica
janeiro 1, 2024Quem pode fazer a cirurgia bariátrica?
janeiro 15, 2024Cirurgia bariátrica, popularmente conhecida como redução de estômago ou cirurgia da obesidade. Consolidada como um dos tratamentos mais eficazes, reúne técnicas com o intuito de tratar a obesidade seja ela ao nível grave ou mórbida e das doenças causadas pelo excesso de peso e gordura corporal.
Não é por acaso que a bariátrica ficou conhecida como redução de estômago, já que o procedimento cirúrgico altera o formato original do órgão, reduzindo a quantidade de alimentos em que o estomago suporta. Dessa forma diminui a absorção de calorias, facilitando a perda de peso.
A cirurgia é indicada para pacientes que já tentaram emagrecer de outras formas, mas não obtiveram sucesso. Estão aptos a realizarem os pacientes com o Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 40 independente de comorbidades, IMC 35 a 39 com comorbidades, 30 a 35 com comorbidades que coloquem sua vida em risco.
O estomago de um paciente bariátrico passa a ter a capacidade de 25 a 200ml, já o estomago de uma pessoa que não realizou o procedimento tem de 1litro a 1,5 litro. A cirurgia também afeta a produção da leptina, hormônio responsável pela saciedade, dessa forma diminui a vontade do paciente de comer.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o Brasil possui 41 milhões de pessoas obesas. O número de pessoas obesas com mais de 20 anos, dobrou de 2003 até 2019, passando de 12,2% para 26,8%. O índice de mulheres com essa doença passou 14,5% para 30,2%, já os homens de 9,6% foram para 22,8%.
Métodos realizados na Barispace
Sleeve: Nesse método o cirurgião retira uma parte do estomago, sem que aja alteração no intestino. Nele o estomago é transformado em um tubo, com capacidade de 80 a 100 mililitros (ml). Esse procedimento já é feito há mais de 20 anos, tem bom controle contra doenças como hipertensão e doenças dos lipídeos (colesterol e triglicérides). Estima-se que em pouco tempo esse será o método mais utilizado no Brasil e no mundo.
By-pass Gástrico: Realizada desde os anos 60, essa é a técnica mais praticada no Brasil correspondendo a 75% das cirurgias. É um dos métodos mais seguros e eficazes, o paciente tem uma perde de 70 a 80% do peso inicial. Nele é feito um grampeamento de uma parte do estomago, reduzindo o espaço para o alimento e um desvio intestinal, que promove o aumento dos hormônios que dão saciedade e diminuem a fome. Dessa forma, com uma menor ingestão de alimentos e a sensação de saciedade, o emagrecimento acontece. Além do controle de doenças como a hipertensão, diabete e entre outras.
Cirurgia Laparoscópica
A videolaparoscopia é uma técnica cirúrgica realizada através de pequenos orifícios, nos quais se introduz longas pinças cirúrgicas e o procedimento é realizado através de uma televisão ou monitor cirúrgico. É considerada “minimamente invasiva”, aplicável em todas as técnicas cirúrgicas a videolaparoscopia representa uma das maiores evoluções tecnológicas da medicina.
No tratamento da obesidade, as cirurgias do gênero se diferenciam da convencional, aberta (laparotomia), em função do acesso utilizado. Na cirurgia aberta, o médico precisa fazer um corte de 10 a 20 centímetros no abdômen do paciente. Na Videolaparoscopia são feitas de quatro a sete mini incisões de 0,5 a 1,2 centímetros cada uma, por onde passam as cânulas e a câmera de vídeo. Das quase 100 mil cirurgias bariátricas realizadas em 2010 no Brasil, 35% foram feitas via Videolaparoscopia. A taxa de mortalidade média é de apenas 0,23% – abaixo do índice de 1% estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) –, contra 0,8% a 1% da cirurgia aberta (laparotomia). Vale lembrar que, em algumas situações, raras, o cirurgião pode precisar converter a Videolaparoscopia em cirurgia aberta. Essa decisão é baseada em critérios de segurança e só pode ser tomada durante o ato operatório. As vantagens são inúmeras, menos dor no pós-operatório, menor índice de infecção, rápido retorno as atividades laborais, menor incidência de hérnias incisionais, além de esteticamente superior.
Embora a perda de peso seja rápida, ainda existe o risco de o paciente recuperar o peso perdido, após a cirurgia é necessário manter a pratica de exercícios e seguir o acompanhamento com a equipe multidisciplinar.
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